quinta-feira, 26 de junho de 2008

Consumismo exagerado causa problema para jovens?


Nome: Desiree M.N.Hamuche
19 anos
estudante de jornalismo pela faculdade anhembi morumbi

16 de junho de 2008

Consumismo exagerado causa problema para jovens Estudo recente feito com jovens de vinte e quatro países de cinco continentes aponta os jovens brasileiros como os maiores consumistas
Eis o quadro: shopping um programa quase diário, sacolas cheias, celulares de última tecnologia, empréstimos, dívidas no cartão de crédito, uma compulsão por compras; assim se define o jovem consumista. O consumo sem limites é prejudicial, fazendo com que a pessoa queira consumir tudo o que pode e até o que não pode.
A atual juventude difere muito daquela de outrora. Antigamente havia uma maior preocupação com a liberdade, com a vontade de ser independente dos pais, de reivindicar suas idéias em passeatas e greves e de dedicar-se ao estudo visando o futuro. Já nos dias de hoje, vemos o jovem como uma pessoa mais depende dos pais, mais acomodada, menos preocupada com os estudos do que em adquirir novas roupas, acessórios, celulares. E tudo em imediato, é claro.
“O motivo pelo qual eles consomem mais é a busca pela auto-afirmação e também para fazer parte de um determinado grupo”. Assim explica Renata Goltbliatas, psicóloga com consultório em São Paulo, onde atende adultos e adolescentes. “A realidade é que os jovens, e aí entenda-se adolescentes, estão muito mais suscetíveis a serem influenciados por amigos e por idéias de que eles precisam de determinados produtos e marcas para serem reconhecidos ou fazerem parte da sociedade”, completa Renata.
A também psicóloga Cristina Godoy, com consultório na zona sul de São Paulo especializado em jovens, afirma que “existem adolescentes brilhantes, mas em geral o futuro parece ser algo que não faz parte de seus planos, portanto, acabam cursando o colégio e muitas vezes a universidade com uma falta de compromisso ímpar, como se isso não tivesse influência nenhuma em seu futuro”.
Em entrevista realizada com dois jovens paulistanos de mesma faixa etária, percebe-se a semelhança das opiniões. Guilherme Cimini, 19 anos, estudante da faculdade Armando Álvares Penteado acha que se a pessoa desejar ter determinado produto e tiver condições de comprá-lo, não há motivos para não fazê-lo. “Se você não tem dinheiro, mas quer muito alguma coisa, deve-se fazer algo para obtê-la, seja pegando emprestado ou comprando no cartão de crédito, o que não pode é ficar sem ter algo que deseja”, completa Guilherme sua teoria consumista. Já Márcio Assumpção, 20 anos, estudante de Direito, expressa sua opinião dizendo que embora nunca tivesse grande poder aquisitivo, nunca deixou de consumir o que desejava. “Gosto de poder ter algo mais caro, de maior qualidade e ir pagando aos poucos, seja parcelado ou no cartão de credito”, diz ele. Assumpção acredita que consumir não seja um grande problema, mas deve atentar-se para não perder o controle e acabar endividado.
Uma pesquisa feita pelo shopping Ibirapuera, na zona sul de são Paulo, com 25 jovens, entre 15 e 20 anos, mostra que a maioria consome com o dinheiro dos pais. Apenas oito dos entrevistados estavam comprando com seu próprio dinheiro. Quanto à questão do consumismo, praticamente não houve divergência nas opiniões: a grande maioria acha que o consumo não é maléfico, e sim algo que faz bem e dever ser desfrutado.
Para Cristina, o consumo compulsivo tem origem na própria família devido ao momento que vivemos, onde pais, por trabalharem infinitas horas por dia, acabam tentando recompensar a ausência através de presentes. “A criança se habitua a essas gratificações e quando se sente triste, vazia, insegura e ansiosa busca sentir-se melhor através do consumo”, explica Cristina. Para ela, essa onda de consumo não tem classe social. “Vemos jovens da periferia consumindo em demasia, assim como jovens de classes sociais mais altas. Parece ser uma compulsão quase generalizada, que em muitos casos acaba levando a conseqüências bastante sérias”.
Renata Goltbliatas diz que o jovem é influenciado com maior facilidade. “O mercado dita as regras e tudo tem de ser consumido o mais rápido possível, pois logo haverá uma outra novidade”. Ela acredita que esse comportamento não se restrinja somente às compras, mas vá mais além. “Hoje os afetos também são descartáveis, tornando-se assim uma compulsão e, por se tratar de uma doença, deve ser tratado antes que se transforme em uma depressão e até mesmo em um distúrbio de ansiedade”.
Atualmente existe o projeto Viver Vida, destinado à população de jovens e adolescentes carentes, onde o objetivo é a educação e a socialização. Em entrevista, o coordenador do projeto diz que o jovem está cada vez mais materialista, portanto a necessidade de trazer o foco social e humano de volta à sociedade através da educação e da cidadania.

O grande consumo gera também um problema ambiental, pois são necessárias muitas embalagens para acompanhar a demanda, o que acaba por prejudicar o meio ambiente. Para Bruno Amorim, 37 anos, da ONG Rede Mata Atlântica, o ideal seria adotar uma política de redução de resíduos e embalagens. “A redução deve vir antes do reuso e da reciclagem, que são apenas alternativas quando a primeira não for possível. É muito comum observar excesso de embalagens nos produtos”, diz Amorim.
As embalagens que mais danificam o meio ambiente são feitas de plástico, como sacolas de supermercado e talheres e copos descartáveis.
“Existe uma consciência crescente com relação ao meio ambiente. No entanto, os jovens não relacionam suas atividades do dia-a-dia com o estrago que causam ao ambiente e, para muitos, é difícil mudar alguns hábitos”, diz Amorim.

4 comentários:

Unknown disse...

Obrigada pelo texto, foi bastante educativo e me ajudou em um trabalho de escola.

Anônimo disse...

nossa valeu pelo texto tava precisando dele para um seminário escolar ! brigadão !

Anônimo disse...

Jéssica Martins: Esse texto é tudo o que eu precisava para fazer meu trabalho da faculdade! Obrigada!
Adorei o Texto! Curso Publicidade e Propaganda no UNASP II - EC em São Paulo!

Anônimo disse...

muito bom o texto, me ajudou pra caramba.. Obrigada!

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