quarta-feira, 11 de junho de 2008

Estamos preparados para cuidar de nossos idosos?


Em nossa comunidade no Monterrey, temos, como em qualquer outra comunidade, vários idosos. Os jornais tem noticiado frequentemente, inclusive, que os idosos estão crecendo quantatitavamente no Brasil. O censo de 2000 registrou que o segmento da população de 65 anos ou mais elevou-se em 41%, desde 1991, com um taxa média de crescimento anual de 4%, quando a taxa de crescimento médio da população foi de 1,6% (IBGE).

Quando envelhecemos deparamos com uma vida reclusa, com pouquíssimas atividades e em algumas situações uma verdadeira exclusão da sociedade que não oferece à terceira idade oportunidades e uma vida social ativa. Começam a aparecer os inúmeros problemas: a falta de trabalho, dificuldades financeiras para sobrevivência (baixa aposentadoria e pensão), a depressão, o abandono da família, a falta de atividades de lazer e os inúmeros problemas de saúde. Na mesma estatística do IBGE, que acabamos de citar, registrou-se que o número de idosos responsáveis por suas famílias aumentou 47% entre 1991 e 2000 e que cerca de 690 mil netos e bisnetos viviam em famílias sob responsabilidde de seus avós e sem a presença dos pais. O número representa um aumento de 52,4% em relaçao a 1991. Este é o outro lado da moeda na análise do cenário de nossos idosos.

Em 1999 foi criado o Dia Nacional do Idoso, que é comemorado no dia 27 de setembro, com o objetivo de se refletir a respeito da situação do idoso no País. E a idéia é essa mesma sensibilizar, mexer com todos para esse assunto. Para garantir o cumprimento de todas as oportunidades e facilidades para o idoso, em 1º de outubro de 2003 foi instituído o Estatuto do Idoso que visa regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.Vale a pena lembrar as principais garantias de prioridade que compreende o Estatuto do Idoso: 1) Atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; 2) Preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas; 3) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; 4) Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações; 5) Priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência; 6) Capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;· 7) Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento; 8) Garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.

Será que com todas estas garantias no estatuto alguma coisa mudou na vida de nossos idosos? Será que estamos fazendo a nossa parte? Parece que não. Muitas vezes somos surpreendidos com informações de maus tratos aos idosos: falta de atendimento médico, de amor, de carinho da própria família, de respeito, violência, discriminação, crueldade, enfim, nao basta criar leis, nao é suficiente criar dias especiais, temos que ter consciência da vida do idoso, e entrarmos em ação.

fonte:
http://juventudemonterrey.wordpress.com

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