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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Áreas de Mananciais
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), considerada a maior área urbana brasileira, com cerca de 18 milhões de habitantes, apresenta, hoje, um dos quadros mais críticos do país no que diz respeito à garantia de água em quantidade e qualidade para o abastecimento de sua população. A causa está na má gestão do recurso ao longo de sua história, com destaque para a ocupação urbana desordenada das áreas de mananciais mais próximas, como as bacias hidrográficas da Billings e Guarapiranga, e das péssimas condições de conservação das áreas mais distantes, como as represas do Sistema Cantareira.
O Programa Mananciais do Instituto Socioambiental (ISA) tem como objetivo desenvolver o monitoramento socioambiental participativo, processo que compreende produção e atualização constante dos diagnósticos socioambientais participativos, realização de seminários para proposição de ações de recuperação e conservação, acompanhamento e proposição de políticas públicas, promoção de campanhas e ações de mobilização da sociedade.
Histórico
A atuação do ISA com os mananciais teve início em 1996, com a realização do Diagnóstico Socioambiental Participativo da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga, que será atualizado até 2003 e publicado em 2004. Já o trabalho na região da Billings, que começou em 1999, está publicado nos livros Billings 2000: Ameaças e perspectivas para o maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo e Seminário Billings 2002.
Em 2002, foi lançada a campanha Água Viva Para São Paulo, com o objetivo de alertar a população paulista sobre a importância dos mananciais como fonte de sobrevivência. A experiência em elaborar análises aprofundadas tornou o ISA uma referência sobre o tema Mananciais. Ainda em 2002, o instituto foi eleito representante das ONGs ambientalistas no Conselho da Área de Proteção Ambiental (APA) do Capivari-Monos, região que ocupa parte das bacias da Billings e da Guarapiranga. Em 2003, foi eleito representante das organizações ambientalistas no Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.
Ao longo de 2003, o programa participou da elaboração dos Planos Diretores Regionais da Capela do Socorro e de Parelheiros, áreas localizadas no extremo sul do município de São Paulo, entre as represas Guarapiranga e Billings, em parceria com as respectivas subprefeituras.
Guarapiranga
A Guarapiranga é responsável pelo abastecimento da parte sudoeste do município de São Paulo, que abrange mais de 3 milhões de pessoas, e encontra-se seriamente ameaçada pela ocupação urbana desordenada e poluição de suas águas. Os resultados do Diagnóstico Socioambiental Participativo da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga, realizado pelo Isa em 1996, mostraram um quadro preocupante. De 1989 a 1996, a Guarapiranga perdeu 15% de sua cobertura vegetal e teve um crescimento urbano de 50%.
texto de Monica Monteiro Schroeder
sitewww.DraShirleydeCampos.com.br 16/05/2003
Localiza-se no Reservatório do Guarapiranga, bairro do Socorro, município de São Paulo. A Barragem do Guarapiranga é uma estrutura de terra, construída pelo processo de aterro hidráulico, entre 1906 e 1909, provida inicialmente de três comportas de fundo, que descarregam 97 m3/s. Entre 1976 e 1978, foram construídas mais três comportas, de 6 m de largura cada, dotadas de comportas de setor e capacidade de descarga de 303 m3/s, além de um vertedouro livre de 98 m de comprimento que pode descarregar até 137 m3/s de água.
No ano de 1906, para aumentar a geração de energia, a companhia decidiu construir na região de Santo Amaro um lago artificial, que ficaria conhecido como a Represa Guarapiranga. As obras duraram três anos e foram supervisionadas pelo engenheiro americano M. M. Murtaugh.
A Light percebeu o potencial recreativo da represa e tratou de melhor explorar a comunicação com o local, instalando linhas de bondes especiais para os visitantes.
Em 1928 a Represa do Guarapiranga recebeu a função de abastecer de água a capital paulista. No ano seguinte foi inaugurado o Sistema de Abastecimento do Guarapiranga, o segundo em capacidade de produção de água da capital, menor apenas que o Sistema Cantareira.
Durante essa época e na década que sucederam a criação do sistema, não foram tomadas as medidas necessárias para a prevenção do problema que surgiu com a futura ocupação de área dos mananciais da represa.
www.portal.prefeiturasp.gov.br 03/07/2006
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Um comentário:
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