A forte demanda por sustentabilidade exige um novo olhar sobre todo o ciclo que envolve os processos produtivos, criando novos paradigmas, capazes de gerar qualidade de vida para a sociedade como um todo, sem comprometer definitivamente o futuro de nossos recursos naturais.
Não é possível continuarmos considerando este ciclo de extração e consumo, como um processo linear, pois nossos recursos são finitos e, portanto, é necessário e urgente haver uma reavaliação sobre a forma de extrair, utilizar e se desfazer dos bens de consumo.
A questão da sustentabilidade é diretamente relacionada a custos. Pensar sistemicamente no impacto econômico, social e ambiental das ações individuais ou coletivas é condição indispensável para se “pagar as contas” de nossa condição de cidadãos que necessitam viver numa sociedade viável.
O cenário mundial e nacional caminham para uma situação onde o alto custo de produtos e serviços, energia e água, será insustentável para todos, mesmo para aqueles que, desavisadamente, consideram-se imunes a estes problemas.
Além disso, a condição de sustentabilidade é exigência para profissionais e empresas que desejam manter-se competitivos no mercado.
“A construção civil, em termos mundiais, consome cerca de 40% da energia, explora aproximadamente 40% dos recursos naturais e produz por volta de 40% dos resíduos. Com esses dados, é lógico que o nosso setor é o mais visado, sendo centro de atenções das políticas públicas e alvo de críticas. Mesmo no nosso país, na recente divulgação das empresas mais poluidoras do Estado, estavam inclusas produtoras de insumos para a construção.
Por essa razão, a incorporação de conceitos de construção sustentável no dia-a-dia das empresas e a adoção de medidas preventivas para evitar problemas ambientais que possam se reverter em críticas para a própria indústria são praticadas cada vez mais em todos os países.
Preocupações como as de emissão de carbono, redução de resíduos, eficiência energética, saúde ocupacional dos funcionários e bom relacionamento com a vizinhança, sempre apoiadas em inovações, são consideradas como as centrais para a manutenção da competitividade da indústria e a sua sobrevivência no século XXI.”
Site Sinduscon (Vahan Agopyan Professor da Poli-USP e coordenador de Ciência e Tecnologia da Secretaria do Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo)
Porém, só será possível atingir esta consistente mudança de cultura a partir do trabalho amplo de mudança de atitudes, pautada no desenvolvimento de novas competências compatíveis com a demanda sustentável, conscientização e assimilação de valores essenciais, éticos e sócioambientais.
Como podemos comprovar, na cadeia produtiva da construção civil, este contexto torna-se ainda mais expressivo pelo grande impacto que este setor promove sobre o meio ambiente.
Para tal, a educação, a capacitação e todos os meios que visem o desenvolvimento das pessoas na direção destes objetivos, tornam-se ferramentas de maior importância dentro do contexto de transformação individual e coletiva.
Se pensarmos única e exclusivamente em mudar processos e não priorizarmos as pessoas como os principais agentes destas mudanças, estaremos fadados ao fracasso.
Portanto, voltamos a salientar a importância da gestão integrada, da visão sistêmica e do desenvolvimento do conhecimento específico sobre questões ambientais. Essas são competências essenciais a serem desenvolvidas em diversos níveis da sociedade assim como nos profissionais envolvidos na cadeia produtiva da construção civil.
Algumas ações são prioritárias e estratégicas e devem ser inseridas em programas de curto, médio e longo prazo:
• Promover conhecimento sobre os impactos ambientais da construção civil instrumentalizando os profissionais para uma visão crítica dentro das normas e legislações locais;
• Identificar soluções para minimizar os impactos ambientais da construção, visando maior eficiência e motivação no desempenho das equipes envolvidas em cada etapa da construção;
• Formar líderes para a condução eficiente de equipes visando a solução de problemas relacionados à sustentabilidade e responsabilidade social.
• Aumentar a criticidade, visão sistêmica e raciocínio estratégico para tomadas de decisões (urgentes e programadas) implícitas ao gerenciamento ambiental nas construções.
• Promover boas práticas que garantam um ambiente saudável e produtivo favorável ao crescimento humano e profissional.
• Levar o grupo a refletir sobre a realidade que o cerca, para perceber quais as exigências em relação ao seu papel na sociedade e na empresa em que atua.
Nenhum processo de mudança é simples e rápido, mas o correto planejamento de objetivos pautado em princípios sustentáveis e diversos setores da sociedade devem trabalhar de forma integrada para que as soluções não se restrinjam a promover melhorias de curto prazo.
A Anab Brasil promove, por meio do estímulo e difusão do conhecimento e boas práticas na construção sustentável, o desenvolvimento de profissionais e organizações, visando a melhoria contínua de processos e a mudança de atitude frente às questões ambientais.
Cristina Maria G. Whyte Gailey
Psicóloga (PUC), especialista em Educação Ambiental (USP), coordenadora de qualidade do núcleo de Educação da Anab-Brasil
Cristina Gailey
http://www.anabbrasil.org/artigos.asp?id_art=25&action=v_art
projeto social em desenvolvimento para aplicação na Zona SUL da capital de SP - Região Vila São Jose/Jdm São BErnardo e imediações São Paulo CONTATO por email: lemafevendas@gmail.com projetovivervida@gmail.com para Fazer parte como Parceiro ou Voluntários nos contate ADD Waths 11 99498-9741
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