
Em nossa comunidade no Monterrey, temos, como em qualquer outra comunidade, vários idosos. Os jornais tem noticiado frequentemente, inclusive, que os idosos estão crecendo quantatitavamente no Brasil. O censo de 2000 registrou que o segmento da população de 65 anos ou mais elevou-se em 41%, desde 1991, com um taxa média de crescimento anual de 4%, quando a taxa de crescimento médio da população foi de 1,6% (IBGE).
Quando envelhecemos deparamos com uma vida reclusa, com pouquíssimas atividades e em algumas situações uma verdadeira exclusão da sociedade que não oferece à terceira idade oportunidades e uma vida social ativa. Começam a aparecer os inúmeros problemas: a falta de trabalho, dificuldades financeiras para sobrevivência (baixa aposentadoria e pensão), a depressão, o abandono da família, a falta de atividades de lazer e os inúmeros problemas de saúde. Na mesma estatística do IBGE, que acabamos de citar, registrou-se que o número de idosos responsáveis por suas famílias aumentou 47% entre 1991 e 2000 e que cerca de 690 mil netos e bisnetos viviam em famílias sob responsabilidde de seus avós e sem a presença dos pais. O número representa um aumento de 52,4% em relaçao a 1991. Este é o outro lado da moeda na análise do cenário de nossos idosos.
Em 1999 foi criado o Dia Nacional do Idoso, que é comemorado no dia 27 de setembro, com o objetivo de se refletir a respeito da situação do idoso no País. E a idéia é essa mesma sensibilizar, mexer com todos para esse assunto. Para garantir o cumprimento de todas as oportunidades e facilidades para o idoso, em 1º de outubro de 2003 foi instituído o Estatuto do Idoso que visa regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.Vale a pena lembrar as principais garantias de prioridade que compreende o Estatuto do Idoso: 1) Atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; 2) Preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas; 3) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; 4) Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações; 5) Priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência; 6) Capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;· 7) Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento; 8) Garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.
Será que com todas estas garantias no estatuto alguma coisa mudou na vida de nossos idosos? Será que estamos fazendo a nossa parte? Parece que não. Muitas vezes somos surpreendidos com informações de maus tratos aos idosos: falta de atendimento médico, de amor, de carinho da própria família, de respeito, violência, discriminação, crueldade, enfim, nao basta criar leis, nao é suficiente criar dias especiais, temos que ter consciência da vida do idoso, e entrarmos em ação.
fonte:
http://juventudemonterrey.wordpress.com
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